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quarta-feira, junho 15, 2005

#19 - Opinião

É triste ver um clube como o Sintra, com uma História que deveria orgulhar todos os sintrenses, não ter uma massa adepta mais numerosa, entusiástica e sobretudo mais unida.
A pouca afluência de público era algo que deveria ser reflectido e discutido por quem de direito para que tal pudesse ser minimizado para benefício de todos, em especial do clube.
No entanto, o que mais me intriga e, posso dizê-lo, entristece, é esse mesmo pouco público não conseguir ser unido.
Não tenho falsas pretensões e a verdade é só uma: Quando comecei a apoiar (com muito orgulho, diga-se!) o Hockey de Sintra, já outros o apoiavam antes de mim. A fidelidade é algo que sempre respeitei e cada vez respeito mais a nível de apoio e de paixão a um clube, por isso todos os que se deslocam há mais tempo que eu a Monte-Santos e onde quer que o clube jogue fora merecem a minha admiração e estima.
No entanto e modéstia à parte, quando chegámos viemos trazer ‘sangue novo’ a uma massa adepta que, como todos reconhecerão, está envelhecida. Era minha convicção que conseguiríamos fazer um grupo muito coeso com os restantes adeptos no único objectivo comum: O bem do Sintra. Foi com esse intuito que respeitámos a tradição e quisemos aprender a cantiga das “Queijadinhas” com as senhoras menos jovens, foi com esse intuito que sempre acompanhámos o “Pega no stick, bate bem na bola…” do Colectivo e um sem número de pequenos gestos que, julgava eu, nos teriam feito ganhar o mesmo respeito de todos os outros adeptos que nós sempre dispensámos a eles.
A Final-Four em Oliveira de Azeméis foi um momento marcante em que, em vez de haver uma união pelo feito alcançado, houve uma separação por ter sido considerada uma falta de consideração da nossa parte termos organizado uma viagem isolada do resto do grupo mas a verdade é só uma: Por condições que se adequavam melhor aos nossos interesses e por um preço mais baixo seria difícil de abdicarmos em prol de outra opção que não aquela que tomámos. Não o fizemos e, no que dependesse de mim, voltaríamos a tomar a mesma decisão numa situação idêntica.
O sentimento de isolamento foi algo de desagradável que por vezes sentimos, não só em casa como fora e que eu gostaria que tivesse sido diferente. Fui inclusivamente um dos que lançou a ideia de nesta época ficarmos por baixo do lugar onde habitualmente ficavam os membros do Colectivo porque nunca foi nossa ideia a separação dos restantes adeptos mas sim uma união de esforços em prol do objectivo comum. Lamento que tenhamos chegado ao ponto de virem aqui adeptos ao nosso blog, que embora não se identifiquem aqui na net saibamos quem são, e que nunca tenham tido a disponibilidade para dialogar connosco no sentido de tentar melhorar o que estivesse menos bem, criticar de uma forma gratuita quem deu muito mais ao clube do que ganhou com este.
Para quem não tenha a noção, passou mais de uma centena de pessoas pela ‘curva’ dos Ultras Sintra. Conseguimos pôr pessoas que nunca tinham visto um jogo de hóquei na vida a fazer contas de cabeça com as pontuações do Sintra e dos ‘Candelária’ e ‘Riba-d’ave’ que até então eram palavras desconhecidas do seu léxico. Isso é algo que me enche de orgulho a mim enquanto fundador e que ninguém nunca nos vai tirar.
Para finalizar, quero expressar o meu agradecimento aos dirigentes, equipa técnica e jogadores que sempre foram sensíveis às nossas questões, sugestões e dificuldades deixando uma palavra de incentivo e conforto na hora da descida porque se melhor não foi conseguido foi porque tal não era possível. Muito obrigado a todos!
Para os camaradas ultras o meu forte abraço. Somos um grupo incrível e, posso dizê-lo, através dele aprofundei amizades e conheci novas pessoas que hoje dia estão na minha consideração. Punho fechado seguido de mão aberta! (Vocês sabem do que estou a falar!)
É o meu sincero desejo que com ou sem Ultras Sintra, com ou sem estes membros dos Ultras Sintra que se não deram melhor foi porque não conseguiram e não porque não quiseram, o Hockey consiga ser cada vez melhor e dignifique cada vez mais o nome da vila que a nós tanto nos orgulha: Sintra!
Na bancada como na vida, muitos passam mas poucos serão recordados!

segunda-feira, junho 06, 2005

#18 - São precisos mais motivos para voltarmos?

"Mais uma vez os US fizeram sentir a sua falta no pavilhão. Apesar da derrota frente a Porto Santo, a equipa debateu-se com muita vontade de alcançar a vitória e merecia ter-vos de novo a apoia-los. Foi um jogo que mereceu ser visto, no qual o HCS lutou com bastante garra contra 7 adversários (o que infelizmente continua a acontecer com as equipas mais pequenas presentes na 1º divisão) e defrontou antigas "rivalidades". A equipa debateu-se com bastante vontade de vencer, e esteve sempre bastante perto da vitória, mas infelizmente forças maiores se revelaram dentro do campo. Foi um jogo bastante emocionante e que os US não deveriam ter perdido. Quero ainda deixar especial destaque para o jogador Tiago Roquete (nº9), que fez um óptimo jogo, e a "interrogação" de "porquê não foi posto o nosso grande Piteira à baliza???" Por último queria ainda relembrar aos adeptos que estiveram presentes no pavilhão que apesar de tudo o Nuno Almeida já foi um jogador do HCS, e que nessa altura se revelava um jogador essencial à equipa, talvez mesmo o melhor durante muito tempo, e sem o qual não teriamos muitas vezes alcançado certas vitórias. Assim sendo, deixo um apelo para que o respeitem enquanto grande jogador, adversário e antigo jogador do HCS, e que se lembrem que não têm o direito de o tratarem (nem a ele nem a qualquer outro jogador) da maneira como o fizeram neste último jogo."

Comentário ao post anterior, colocado por um adepto anómino.